quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O comboio da vida ...

 
Há algum tempo atrás, li um livro que comparava a vida a uma viagem de comboio. Uma leitura extremamente interessante quando bem interpretada. Isso mesmo…

A vida não passa de uma viagem de comboio, cheia de embarques e desembarques…

Alguns acidentes, surpresas agradáveis e… grandes tristezas.

Quando nascemos, entramos nesse comboio e deparamos-nos com algumas pessoas que, julgamos, estarão sempre nessa viagem connosco.

Infelizmente, isso não é verdade.
Em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos do seu carinho, amizade e companhia insubstituível.

Mas isso não impede que, durante a viagem, pessoas interessantes e que virão a ser super especiais para nós embarquem.

Chegam os nossos irmãos, amigos e… amores maravilhosos.
Muitas pessoas apanham esse comboio, apenas para passear.

Outros encontrarão nessa viagem somente tristezas, outros ainda circularão pelo comboio prontos a ajudar quem precisar.

Muitos descem e deixam saudades eternas.

Outros passam por ele de uma forma que quando desocupam o seu assento ninguém nem sequer percebe.

Curioso é constatar que alguns passageiros, que nos são tão caros, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos.

Portanto, somos obrigados a fazer esse trajecto separados deles, o que não impede, é claro, que durante ele atravessemos, mesmo com grande dificuldade, o nosso vagão e cheguemos até eles; Só que, infelizmente… jamais poderemos sentar-nos ao seu lado, pois alguém já terá ocupando aquele lugar. Não importa!

Assim é a viagem… cheia de atropelos… sonhos… fantasias… esperas… despedidas, porém sem retornos.

Façamos essa viagem, então, da melhor maneira possível;

Tentando nos relacionar bem com todos os passageiros, procurando em cada um deles o que tiverem de melhor, lembrando-nos sempre que em algum momento do trajecto eles poderão fraquejar e, provavelmente, precisaremos entender isso, porque nós também fraquejaremos muitas vezes e, com certeza, haverá alguém que nos entenderá.

O grande mistério, afinal, é que jamais saberemos em qual paragem desceremos, muito menos os nossos companheiros, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado.

Eu fico a pensar se quando descer desse comboio sentirei saudades… Acredito que sim.

Separar-me de alguns amigos que fiz nele será, no mínimo, doloroso.

Deixar os meus entes queridos continuarem a viagem sozinhos, com certeza, será muito triste, mas agarro-me à esperança de que, em algum momento estarei na estação principal e sentirei a grande emoção de vê-los chegar com uma bagagem que não tinham quando embarcaram.

O que vai me deixar feliz será pensar que eu colaborei para que ela tenha crescido e se tenha tornado bem mais valiosa.

adaptado de Silvana Duboc

Vê o slideshow em : http://www.youtube.com/watch?v=56TwgQXsmH

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