segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Cinco passos para acabar com a desculpa de que não tem tempo...


"Queixamo-nos que não temos tempo, que o tempo passa cada vez mais depressa e até dizemos que o dia devia ter mais horas. Por outro lado, não entendemos porque é que algumas pessoas têm tempo para tudo e nós não. A questão não está na quantidade de tempo que temos para utilizar, porque todos temos este recurso na mesma quantidade (24h/dia, nem mais, nem menos), mas sim na forma como o gerimos e organizamos.

Porque o sucesso pessoal e profissional começa com uma boa gestão do tempo, ficam aqui alguns passos essenciais para gerir o seu tempo com eficácia:
1. Analise a utilização do tempo

Tome consciência da forma como está a utilizar o seu tempo pessoal e profissional. Para isso, identifique todas as dimensões que fazem parte da sua vida (ex.: família, amigos, trabalho, lazer...) e procure perceber qual o seu grau de satisfação em relação a cada uma delas, utilizando para o efeito uma escala de 1 (muito insatisfeito) a 10 (muito satisfeito/a). Afinal, como está a utilizar o seu tempo? Que conclusões tira do resultado que obteve? Gostaria de utilizar o tempo de outra forma em alguma dimensão? Ou em todas as dimensões?

Não avance para o próximo passo sem antes conhecer os seus principais desperdiçadores de tempo pois eles condicionam os seus resultados. Liste tudo o que o faz perder tempo desnecessariamente, quer dependa de si (perfeccionismo, falta de organização, incapacidade para saber dizer não, etc.), quer dependa dos outros ou até das circunstâncias (interrupções telefónicas frequentes, colegas que não respeitam prazos, trânsito, falha de equipamentos, etc.). Desta forma, será mais fácil encontrar soluções e desenvolver novos comportamentos que evitem "perdas de tempo". Por exemplo, se está a fazer um relatório e não o termina porque todos os dias procura melhorá-lo, talvez esteja a procurar a perfeição quando ela não existe, verdade? Coloque um prazo para fechar esse relatório.


2. Clarifique os seus objectivos

Este é um passo inevitável no processo de gestão do tempo. Aproveite o resultado da análise que fez no ponto anterior para definir três grandes objectivos para cada dimensão da sua vida. Para isso, tenha em mente a seguinte pergunta: o que gostaria de alcançar?

Apesar de existirem muitas teorias sobre como definir objectivos, prefiro a que se resume em três etapas: definir claramente as metas a alcançar, colocar um prazo aceitável para o seu alcance e traçar um plano de acção. Invista algum tempo a escrever os objectivos para que estejam sempre presentes e funcionem como guias de acção, sem nunca esquecer que podem ter que ser reformulados com o passar do tempo.
3. Estabeleça prioridades

Antes de organizar o seu tempo em função dos seus objectivos, e porque no dia-a-dia somos tentados a realizar inúmeras tarefas, estabeleça as suas prioridades para que utilize o seu tempo com o que é realmente importante e, sempre que possível, sem sentido de urgência.

A ideia é estar consciente dos quatro quadrantes de Roger e Rebecca Merril para tomar as decisões certas. As tarefas "importantes e urgentes" tem que ser realizadas rapidamente, caso contrário as consequências pode ser prejudiciais, as tarefas "importantes mas não urgentes" são aquelas que temos que realizar sem pressão do tempo, ainda assim não devemos adiá-las pois correm o risco de passar para o quadrante anterior. Por fim, aparecem as tarefas "não importantes mas urgentes" que tomam uma grande parte do nosso tempo mas que não contribuem para o cumprimento dos nossos objectivos, pelo que devemos livrar-nos delas logo que possível, e as tarefas "não importantes e não urgentes" que nem deviam de existir.
4. Faça um bom planeamento

São muitas as ferramentas que pode utilizar para planear o seu tempo. Uns preferem listas, outros optam por agendas ou outros suportes. Acima de tudo, deve escolher a ferramenta que melhor se adequa a si e com a qual se sente confortável. Já vi muitas pessoas a comprarem uma agenda e a dizer "agora é que me vou organizar bem", depois utilizam-na a primeira semana e nunca mais olham para ela.

Independentemente da ferramenta que vai utilizar, procure anotar os compromissos e obrigações de curto, médio e longo prazo, reservar tempo para pensar e para si e, ainda, ver/rever o plano com frequência.

5. Avalie o processo

Por fim, monitorize os seus resultados no final de cada dia, semana, mês ou ano. Essa é a melhor forma de melhorar continuamente a gestão do seu tempo.

De que está à espera?

Comece já a planear o seu tempo e seja implacável com o que deseja fazer com este recurso que só lhe pertence a si. Mãos à obra!"

autoria

Reflexão Pessoal:

Um artigo importante para mim, pois sou uma das que diz que não tem tempo para nada... Gestão de tempo muito deficiente, mas que vou tentar colmatar com estas dicas... Partilhem a vossa experiencia pós artigo! Obrigada

Anasonia :)

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

"Um Conto Chinês"


"Roberto é um veterano da Guerra das Malvinas que vive recluso em sua casa há vinte anos e coleciona manias. Jun é um chinês que apareceu na vida de Roberto depois de ser roubado e arremessado de um taxi em Buenos Aires. Roberto não fala chinês e Jun não fala espanhol. Apesar das diferenças e dificuldades Roberto e Jun descobrirão o real motivo deste encontro inusitado: uma vaca que caiu do céu."


Elenco: Ricardo Darín, Muriel Santa Ana, Huang Sheng Huang
Direção: Sebastian Borensztein
Gênero: Comédia
Duração: 93 min.
Distribuidora: Paris Filmes
Classificação: 12 Anos



Saindo da zona de conforto




"Uma das nossas necessidades mais essenciais é a segurança. Queremos segurança financeira, segurança para poder andar na rua, segurança nos relacionamentos, segurança no trabalho, segurança no trânsito, e por aí vai. É uma necessidade real e válida. Em nome da segurança construímos casas e moramos dentro delas, e nelas colocamos tudo aquilo que queremos proteger: a nossa família, o nosso relacionamento, as nossas contas, o nosso carro. Estabelecemos um comportamento que cria uma zona de conforto na nossa vida. Nesta zona de conforto sentimo-nos a salvo das ameaças que o mundo oferece com uma frequência muito maior do que gostaríamos.


Este comportamento torna-se uma rotina, e dentro dela movimentamo-nos com desenvoltura. O problema começa quando a zona de conforto e a sua aliada, a rotina, assumem proporções grandiosas, ofuscando a nossa essência.
Isso faz com que se sinta esgotado, sem disposição mesmo para as mínimas atividades, mesmo aquelas que gosta. É como se estivesse vivendo um sonho que já não lhe traz realização, mas somente obrigação e peso. É chegada a hora de procurar novos sonhos!

Engolidos pela rotina

O filme argentino "Um Conto Chinês" fala sobre um homem que preza a sua zona de conforto mais do que tudo, alguém que vive engolido pela rotina. Este homem encontra um chinês que não fala espanhol, perto do aeroporto, após ter sido expulso de um táxi. Este encontro, uma intervenção do acaso (será mesmo?) vai transformar a sua vida, fazendo-o rever a sua zona de conforto. É um excelente filme, que traz uma reflexão muito profunda sobre como o que fazemos em nome da segurança pode tornar-se um obstáculo à nossa realização como seres humanos.

As nossas buscas mais essenciais, como viver um relacionamento com amor ou trabalhar dentro das nossas habilidades e vocação, podem ser mascaradas pela zona de conforto, causando um descontentamento constante, que envenena as nossas vidas e pode tornar-nos amargos, sem brilho nos olhos. Viver desprovido de sentido opacifica o olhar, o sorriso, e deixa o coração enevoado! Por isso, ame loucamente, trabalhe com garra, encontre sentido nas suas ações, impeça que o dragão da rotina mastigue os seus ossos e cuspa-os na sua cama à noite, para novamente mastigá-lo logo cedo no dia seguinte. Tudo isso sem precisar abrir mão da responsabilidade.Olhe para o mundo como se não o conhecesse, mude a posição em que se senta no trabalho, mude de lado na sua cama, procure novos ângulos. Abra um espaço para o inesperado na sua vida e vai surpreender-se!

"Mas pobre sonho o que só quer não tê-lo!
obre esperança a de existir somente!
Como quem passa a mão pelo cabelo."

Fernando Pessoa

adaptado do original de Marcelo Guerra

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Começar e perdoar


"É verdade que o mais difícil é começar. Promete a ti mesmo que vais fazer só 10 minutos daquilo que planeaste fazer; verás que passados os 10 minutos é bastante fácil continuar.
Se decides que no teu primeiro dia de ginásio vais ficar lá duas horas e rodar as máquinas todas e ainda fazer uma aula de ciclismo, então estás a planear fracassar.
Mas se decidires que só vais fazer 10 minutos de bicicleta, vais ver que não é assim tão difícil. Até te vai apetecer experimentar uma máquina ou outra depois.
Mas mesmo assim vais fracassar, eventualmente. Todos fracassamos. As pessoas mais bem-sucedidas do mundo fracassam diariamente.
Aprende a perdoar-te. Tal como a Ann Pratchet disse, aquela primeira borboleta fica destroçada, irreconhecível. A segunda não fica muito melhor.
E assim por diante – nós somos os nossos maiores críticos. E ainda bem que assim é.
As grandes pessoas nunca estão satisfeitas com o seu trabalho, e usam isso como incentivo para melhorar todos os dias, não para desistir.
Cada fracasso é um degrau no caminho para o sucesso. Não fiques sentada no primeiro degrau."

Luis Magalhães
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