quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

O que é que vais fazer de diferente este ano?



"Não me lembro da citação exacta, mas Albert Einstein disse uma vez que “Loucura é fazer a mesma coisa e esperar um resultado diferente.”
No entanto, é isso que acabamos por fazer durante a maior parte das nossas vidas. Criamos uma zona de conforto e começamos a ficar mais reservados em relação a sair dela.
A maioria de nós vive dentro da sua bolha, um lugar seguro e saudável, e enquanto não sairmos dela, nada de mal pode acontecer.
Mas a bolha é uma ilusão.
O mundo move-se por fora da bolha, de uma forma caótica, imprevisível, e a qualquer momento a nossa bolha pode rebentar. Pode surgir uma doença, um acidente; a companhia onde trabalhamos pode fechar, ou anos de trabalho intensivo podem finalmente cobrar à nossa saúde o que é devido e levar à exaustão.
Nestas ocasiões, para as pessoas que viveram quase toda a sua vida dentro de uma bolha, é como se o mundo acabasse.
Já para quem está habituado a sair da bolha, é um desafio para superar.

Aprende como uma criança

Lembras-te como aprendíamos quando éramos pequenos? Não parávamos de fazer coisas, de fazer asneiras.
As crianças ainda não estão calejadas pelo mundo, fazem muitas perguntas e a curiosidade natural leva-as a arriscar.
É por isso que se queimam, que se esfolam, que se cortam e que partem braços e pernas.
Também é assim que vão superando os seus limites e descobrindo o que é que funciona e o que é que não funciona.
Claro, experimentar coisas novas pode, muitas vezes, causar desconforto, embaraço, até dor. Aprender não é fácil.
E ao mesmo tempo, experimentar coisas novas abre novos horizontes e define mais a nossa personalidade. Faz-nos pensar em coisas novas, descobrir gostos (e desgostos) novos, exercitar o nosso cérebro e a nossa criatividade.


Conversa com um estranho

Estamos expostos a outras pessoas todos os dias – na linha da caixa de qualquer loja, super-mercado, ou serviço público, por exemplo.
Normalmente, nestas situações, estamos aborrecidos para lá do tédio, a percorrer a lista de contactos no telemóvel desesperados para arranjar alguma coisa para fazer.
Ninguém gosta de estar aborrecido; estão ali presentes cinco, sete, dez pessoas aborrecidas, e no entanto o mais natural é ninguém querer “incomodar” os outros.
Porque é que criámos esta barreira psicológica que nos leva a pensar que alguém prefere estar sem nada para fazer do que conversar com outro ser humano?
Sorri, e diz “Olá.” Conversa sobre o tempo, sobre o tamanho da fila, sobre alguma coisa em redor. Pergunta as horas ou se sabe onde fica um sítio qualquer na zona.
A maior parte das vezes, a pessoa vai ficar agradecida por quebrares a monotonia do dia.
E no caso pouco provável de fingirem que não te ouvem? Esfolaste um joelho, como uma criança que está a aprender a andar de bicicleta. É assim tão mau?
É razão para desistir?
A maioria das coisas de que temos medo acabam por não ser assim tão incomodativas na pratica, e quanto mais as vivemos, menos incomodativas se tornam, até que deixam de ser importantes.
Assim se ganha confiança.

Vai pelo caminho mais longo

A repetição é uma coisa confortável. Um caminho torna-se familiar, é eficiente. Poupa-se tempo a ir para o trabalho e a voltar para casa, a ir às compras, a ir buscar os míudos, e tudo mais.
A repetição também mete o nosso cérebro em auto-piloto. Seja a conduzir ou a andar, já o fazemos sem reparar nas coisas, torna-se tudo uma imagem baça na nossa cabeça quando tentamos recordar, o dia de hoje a fundir-se com todos os anteriores.
Mete o teu cérebro em actividade. Dá-lhe um novo alimento! Varia a tua rotina – sai de casa uns minutos mais cedo e vai por uma rota diferente.
Sê um turista na tua própria cidade! Procura e experimenta novos restaurantes, novas lojas, novos mercados. Vai fazer as tuas compras habituais a um local diferente.
Estas novas experiências vão ter vários efeitos: vão ajudar a revitalizar lentamente aquele prazer infantil de descobrir algo novo; vão fazer os sentidos ficarem mais atentos ao que nos rodeia, e portanto, tornar-nos mais perceptivos a oportunidades e situações; e vão ajudar a despertar o cérebro daquele estado adormecido em que uma rotina constante o coloca.

Portanto, que coisas diferentes podes fazer? Como vais começar o teu ano de forma diferente?"




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