sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Não tema demais o futuro!

"Depois de pararmos para pensar, pode até parecer óbvio, mas no dia-a-dia, isto escapa-nos: passado e futuro são projeções da nossa mente. Sim, por mais fortes que sejam as nossas impressões, tudo não passa de lembranças ou projeções que acumulamos aos montes na nossa mente, dando-nos a falsa sensação de que passado e futuro estão aqui, no aqui-agora, quando na verdade não estão. O pior é que, no caso do futuro, tornamo-nos muito ansiosos e/ou temerosos, pois colocamos muita certeza de que as situações que não queremos que ocorram irão surgir independentemente da nossa vontade. Além de ficarmos paralisados no tempo presente, deixamos crescer um sentimento tão perturbador que acaba inevitavelmente levando-nos na direção oposta ao que queremos.
Vamos ver um exemplo simples. Imagine que recebe a tarefa de fazer uma pequena apresentação no seu emprego na próxima semana. Pronto, tudo o que estava a fazer fica suspenso, pois não consegue parar de pensar no quanto será difícil falar para aquelas pessoas. Imaginas-se a falar e a esquecer as palavras, reflete que se não for bem feita,  a sua promoção deixará de acontecer. Então, durante uma semana, come distraidamente, não relaxa, não dorme bem, fica disperso durante as suas atividades diárias e não consegue preparar uma boa apresentação, pois tudo aquilo que pensou não parece bom o suficiente. Aí, acaba cometendo alguns erros por causa da distração que o fazem sentir mal consigo mesmo, tirando ainda mais a sua confiança. Chega o dia, atrasa-se pois esquecesse de por o alarme, não dá tempo de se arrumar bem e aquilo que tinha planeado, na realidade, esquece-se. Neste momento, pelos erros cometidos na semana, mais a sua dispersão no momento da apresentação, já está desacreditado pela empresa. Então, as pessoas não lhe dão um bom acolhimento. Com dificuldade, faz uma apresentação muito aquém das suas capacidades e acaba por perder aquela que parecia ser a sua grande oportunidade.

Percebeu o que aconteceu? Passou uma semana inteira preso a um acontecimento que não existia. Se, por outro lado tivesse programado um horário para montar a sua apresentação e continuasses a trabalhar normalmente, só prestando mais atenção no dia anterior para ver se não se estava a esquecer de nenhum detalhe, com certeza estaria mais calmo e confiante e poderia até mesmo sair-se muito bem, principalmente se ao longo da semana repetisse para si mesmo o quanto este convite demonstra que é bom, pois se não fosse, obviamente não teria sido escolhido.

Este exemplo acima é um convite à reflexão. Percebe quantas horas do dia perde projetando o futuro. Experimente utilizá-las construindo o presente. Afinal de contas, o futuro é a materialização dos seus atos no agora."

adaptado do original de Vanessa Mazza

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Qual a melhor versão de mim mesmo/a?



"Uma das coisas em que habitualmente penso quando
medito um pouco sobre a vida, sobre o que quero para 
a frente, o que me faz correr da maneira como corro, 
é precisamente isto.
Qual é a melhor versão de mim?
– Como líder?
– Como profissional?
– Como marido/mulher?
– Como pai/mãe?
– Como colega?
– Como amigo/a?
Poderá pensar: mas porque é que isto importa?
Aquilo a que eu chamo a melhor versão de mim depende
do contexto, uma vez que consoante o mudamos, as 
nossas prioridades mudam também, a nossa forma de 
actuar muda, a nossa flexibilidade e tolerância muda…
Será que como líder eu me comporto da mesma forma
que como marido/mulher?
À partida a sua cabeça estará já a abanar e a dizer que não…
Muitas vezes o que notamos é que não existe congruência
entre as várias “versões” de nós.
Não que isso seja anormal, muito pelo contrário, poderá
estar ligado ao passado e às experiências 
de vida ou não vida pelas quais passamos, por exemplo.
O que sabemos é que como pessoas e, se quiser, como
líderes, porque todos os somos, quanto 
maior congruência existir entre os diversos contextos da
sua vida, melhor será a sua capacidade 
de liderar e de “fluir” na vida.

Hoje gostaria de lhe propor um pequeno exercício para o
fazer pensar.
Pegue numa folha de papel, ou se quiser faça isto no
computador, com uma folha de cálculo, para ser mais fácil 
corrigir e alterar.
Desenhe um conjunto de colunas. Serão necessárias tantas
 colunas como os contextos da sua vida.
Pode, por exemplo, tomar como base a lista anterior, mas
se aceitar a sugestão faça-o de uma 
forma moderada, ou seja, para já não exagere nos contextos.

Tomemos por exemplo apenas três:
– Líder / Profissional
– Marido/mulher
– Amigo/a

Quanto mais colunas colocar, mais o processo complica, por isso…
Agora pegue na primeira coluna e liste todos os seus valores.
O que são valores? Pense neles como o seu sistema operativo.
Se tomar como exemplo o seu computador, ele tem um conjunto
de regras ou programações que lhe permitem actuar ou fazer coisas.
Por outro lado, essas mesmas instruções podem não permitir
fazer muitas outras coisas, devido precisamente à sua 
programação.
Se quiser, coloque a si próprio esta pergunta:
“De que é que eu não prescindo como “Profissional”
(por exemplo) em termos de actuação?”
Uma forma alternativa seria imaginar:
“Se eu estivesse no meu próprio velório e já nada mais
importasse ali estendido no caixão, o que é que as 
pessoas à minha volta diriam de mim?”
Quando pensamos desta forma começam a emergir
algumas ideias. Por exemplo, em termos profissionais
alguns dos meus valores são:
– Ajudar quem merece
– Contribuir
– Evolução Pessoal
– Família
– Honestidade / Integridade
Vamos seleccionar apenas 5 para simplificar o processo.
Não estão por nenhuma ordem específica, apenas estão
listados para que tenha uma ideia mais concreta do que 
estou a falar.
Faça isto para cada uma das colunas!
Não existem limites ao número de valores que pode listar.
Faça-o da forma mais completa possível.
Coloque-se mesmo no contexto, imagine as perguntas
anteriores, mas estando associado a cada contexto.
Agora que tem a sua lista vai começar a ver uma coisa.
Alguns dos valores aparecem em mais do que uma
coluna. O que é que isto quer dizer?
Poderá significar que se adequam a mais do que um
contexto, mas poderá também ser um indicador, 
dependendo do valor em causa, de que para si ele é 
mais importante ou frequente do que os outros.
Agora foque-se apenas numa coluna.
E faça uma primeira ordenação por importância do
valor para si.
Quanto terminar esta primeira ordenação, passaremos
à fase seguinte.
Chamemos a esta parte validação de valores.
Pegue na sua lista e coloque a si esta pergunta para
cada par de duas linhas.
Por exemplo, tomando como base a lista acima:
- Se só pudesse ter “Ajudar quem merece” ou “Contribuir”,
qual deles é que escolheria?
Imaginemos que eu escolhia “Contribuir”.
Tomaríamos o “contribuir” e passaríamos à linha seguinte:
- Se só pudesse ter “Contribuir” ou “Evolução Pessoal”,
qual deles é que escolheria?
Escolhendo o “Contribuir”, prosseguiríamos.
- Se só pudesse ter o “Contribuir” ou “Família”,
qual deles é que escolheria?
Escolhendo “Família”, prosseguiríamos.
- Se só pudesse ter o “Família” ou “Honestidade / Integridade”,
qual deles é que escolheria?
Escolhendo o “Honestidade / Integridade”, chegamos a
uma nova lista de ordenação de valores.
Sei neste momento que o Valor mais importante para mim
é “honestidade / integridade”.
A partir deste momento eu tenho o primeiro elemento
de ordenação da lista. Tomaria agora o segundo e 
começaria de novo até ter a lista toda ordenada.
Se reparar, vai haver alguns valores em que não será
fácil tomar uma decisão. Mas isso é mesmo parte do processo.
O que é engraçado é que quando fazemos este exercício
começamos muitas vezes a descobrir porque é que 
em certas situações ou, se quiser, contextos, funcionamos 
da forma como funcionamos.

Esta semana pare um pouco para pensar:
“Qual é, de facto, a melhor versão de mim?”

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Estratégia para vencer em 2012: Quatro motivos para dar!


Matriz 4 Motivações  para DAR
"Conheça as 4 principais motivações para dar:
Qualquer razão é boa para dar, e cada quadrante encerra diferentes motivações, objectivos e benefícios.
O Quadrante 1 é o do dar sem pedir retorno. Sabemos hoje que a generosidade compensa por si própria!
Segundo um recente artigo da revista Visão, ter comportamentos e gestos solidários acciona os circuitos de recompensa do cérebro libertando as hormonas da “felicidade” (Dopamina e Ocitocina), permitindo até a criação de novos neurónios e o fortalecimento do sistema de defesas, entre outros benefícios (Prof. Stephen G. Post).

Este fenómeno já era conhecido nos comportamentos e gestos do Quadrante 3, pois fazer algo que apetece e satisfaz, tem idêntica reacção químico-hormonal.

O Quadrante 2, refere-se às dádivas rituais, como as de Natal, aniversários, ou protocolares, usadas socialmente para criar boa vontade.
No Quadrante 4, estão os tipos de dádivas mais importantes no mundo dos negócios, nomeadamente nas
actividades de NETWORKING PROFISSIONAL, procurando criar RECIPROCIDADE.
Ao dar e ajudar proactivamente os outros, partilham-se recursos que podem contribuir para o seu sucesso profissional ou pessoal, e simultaneamente ensina-se acerca do nosso carácter e competência. Estes recursos podem ser informações, opiniões, oportunidades, acessos, apresentações a outros executivos ou recomendações e referências.
Quem os recebe vai desejar retribuir, excendendo o benefício percebido, e assim também contribuir em muito para o sucesso de quem lhe gerou valor-acrescentado,cultivando uma relação mutuamente benéfica e fomentando uma cultura de abundância de recursos.
Para começar a receber e evoluir nos estágios das relações, o primeiro passo é dar.
Semeie” e “Cultive” relações dando generosamente e sem exigir retorno imediato."

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

O que é que vais fazer de diferente este ano?



"Não me lembro da citação exacta, mas Albert Einstein disse uma vez que “Loucura é fazer a mesma coisa e esperar um resultado diferente.”
No entanto, é isso que acabamos por fazer durante a maior parte das nossas vidas. Criamos uma zona de conforto e começamos a ficar mais reservados em relação a sair dela.
A maioria de nós vive dentro da sua bolha, um lugar seguro e saudável, e enquanto não sairmos dela, nada de mal pode acontecer.
Mas a bolha é uma ilusão.
O mundo move-se por fora da bolha, de uma forma caótica, imprevisível, e a qualquer momento a nossa bolha pode rebentar. Pode surgir uma doença, um acidente; a companhia onde trabalhamos pode fechar, ou anos de trabalho intensivo podem finalmente cobrar à nossa saúde o que é devido e levar à exaustão.
Nestas ocasiões, para as pessoas que viveram quase toda a sua vida dentro de uma bolha, é como se o mundo acabasse.
Já para quem está habituado a sair da bolha, é um desafio para superar.

Aprende como uma criança

Lembras-te como aprendíamos quando éramos pequenos? Não parávamos de fazer coisas, de fazer asneiras.
As crianças ainda não estão calejadas pelo mundo, fazem muitas perguntas e a curiosidade natural leva-as a arriscar.
É por isso que se queimam, que se esfolam, que se cortam e que partem braços e pernas.
Também é assim que vão superando os seus limites e descobrindo o que é que funciona e o que é que não funciona.
Claro, experimentar coisas novas pode, muitas vezes, causar desconforto, embaraço, até dor. Aprender não é fácil.
E ao mesmo tempo, experimentar coisas novas abre novos horizontes e define mais a nossa personalidade. Faz-nos pensar em coisas novas, descobrir gostos (e desgostos) novos, exercitar o nosso cérebro e a nossa criatividade.


Conversa com um estranho

Estamos expostos a outras pessoas todos os dias – na linha da caixa de qualquer loja, super-mercado, ou serviço público, por exemplo.
Normalmente, nestas situações, estamos aborrecidos para lá do tédio, a percorrer a lista de contactos no telemóvel desesperados para arranjar alguma coisa para fazer.
Ninguém gosta de estar aborrecido; estão ali presentes cinco, sete, dez pessoas aborrecidas, e no entanto o mais natural é ninguém querer “incomodar” os outros.
Porque é que criámos esta barreira psicológica que nos leva a pensar que alguém prefere estar sem nada para fazer do que conversar com outro ser humano?
Sorri, e diz “Olá.” Conversa sobre o tempo, sobre o tamanho da fila, sobre alguma coisa em redor. Pergunta as horas ou se sabe onde fica um sítio qualquer na zona.
A maior parte das vezes, a pessoa vai ficar agradecida por quebrares a monotonia do dia.
E no caso pouco provável de fingirem que não te ouvem? Esfolaste um joelho, como uma criança que está a aprender a andar de bicicleta. É assim tão mau?
É razão para desistir?
A maioria das coisas de que temos medo acabam por não ser assim tão incomodativas na pratica, e quanto mais as vivemos, menos incomodativas se tornam, até que deixam de ser importantes.
Assim se ganha confiança.

Vai pelo caminho mais longo

A repetição é uma coisa confortável. Um caminho torna-se familiar, é eficiente. Poupa-se tempo a ir para o trabalho e a voltar para casa, a ir às compras, a ir buscar os míudos, e tudo mais.
A repetição também mete o nosso cérebro em auto-piloto. Seja a conduzir ou a andar, já o fazemos sem reparar nas coisas, torna-se tudo uma imagem baça na nossa cabeça quando tentamos recordar, o dia de hoje a fundir-se com todos os anteriores.
Mete o teu cérebro em actividade. Dá-lhe um novo alimento! Varia a tua rotina – sai de casa uns minutos mais cedo e vai por uma rota diferente.
Sê um turista na tua própria cidade! Procura e experimenta novos restaurantes, novas lojas, novos mercados. Vai fazer as tuas compras habituais a um local diferente.
Estas novas experiências vão ter vários efeitos: vão ajudar a revitalizar lentamente aquele prazer infantil de descobrir algo novo; vão fazer os sentidos ficarem mais atentos ao que nos rodeia, e portanto, tornar-nos mais perceptivos a oportunidades e situações; e vão ajudar a despertar o cérebro daquele estado adormecido em que uma rotina constante o coloca.

Portanto, que coisas diferentes podes fazer? Como vais começar o teu ano de forma diferente?"




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