quarta-feira, 3 de junho de 2009

O toque

O toque é algo mágico, indefinível.

Pode ser suave como uma pétala, belo como o amanhecer, delicado como uma flor, subtil como a essência de uma pérola.

Cada pessoa possui um toque que lhe é próprio.

Pode ser amoroso, tranquilo, forte, mas sempre e sempre será a maneira única, pessoal e intransferível de expressar a si mesmo.
Com o toque, aprendemos a amar.

Não se toca somente com as mãos.

Toca-se com o pensamento, as sensações, a unicidade das ideias; em estar juntos, nesta amizade.

Toca-se com os lábios, num deslizar suave de uma carícia; com o olhar…

Há também o toque virtual que, assim como o ar que não tocamos, pode nos manter a vida, depois de sermos tocados por ele.

Fica-nos imprescindível, a ponto de nos fazer horas a fio permanecer ligados a uma máquina, esperando apenas pela sensação de sermos tocados…

Não tocamos a brisa, mas ela vem e brinca em nossos cabelos; não tocamos os raios do sol, mas somos por ele tocados.

O toque virtual possui magia, mas não fantasia.

É real quando o sentimos nas palavras que lemos, no cumprimento tão esperado e querido, na maneira de se colocarem as palavras a ser escritas.

O toque, sem que percebamos, é um dom que possuímos, perpetuando-se infinito, pleno, feliz, pois enquanto houver um toque de amizade, haverá uma beleza subtil, como a de uma perfeita sinfonia inacabada…

Cirilo Veloso Moraes

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