segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Arrisque!


"A vida exige de nós uma atitude proactiva. Somos agricultores que recebem apenas as sementes do amanhã, precisamos aprender a plantá-las, cultivá-las, colhê-las.

Muitas vezes a acomodação com a vida que temos significa que nos acostumamos com pouco. É a adaptação aos pequenos sofrimentos diários. É fechar os olhos para as mudanças possíveis com preguiça de correr riscos. É ficar na confortável e segura rotina que criamos em vez de partir em busca de algo mais. Quem foi contaminado pelo vírus da acomodação sempre deixa para amanhã o que poderia fazer hoje.

São pessoas que evitam agir porque não querem lidar com as conseqüências de seus actos. São pessoas que evitam decidir porque não querem perder o conforto nem a segurança que têm – mesmo que esse conforto e essa segurança sejam bastante limitados. Elas se recusam a encarar qualquer tipo de risco, embora tenham talento de sobra para alcançar seus objetivos e serem felizes. Para evitarem o trabalho que terão ao lidar com o sofrimento desconhecido, elas se adaptam ao sofrimento conhecido.

Mesmo que não estejam passando por circunstâncias favoráveis e se sintam mal, preferem que as coisas continuem como estão a alterar sua rotina. Assim, qualquer pequena transformação é evitada. Cria-se uma barreira intransponível às mudanças. Procurar um novo emprego? Nem pensar! Mesmo que a oferta seja melhor e as perspectivas mais promissoras, uma pessoa acomodada não aceita mudar de emprego porque já domina as tarefas que realiza e prefere a segurança de um trabalho medíocre a correr o risco de ser feliz em outra empresa.

Uma pessoa acomodada evita conversar com o companheiro sobre suas frustrações no relacionamento com medo de provocar uma crise afetiva. Uma pessoa acomodada prefere afastar-se de um amigo a criar coragem para conversar sobre algum aspecto que a incomoda. Existem também as pessoas que se acomodam afetivamente. Elas mantêm o casamento, mesmo que o amor já tenha acabado, apenas porque a separação e a busca de uma nova companhia são atitudes que demandam grande esforço. Vivem pensando:

– Para que procurar encrenca?

São míopes: diante de uma situação nova, só enxergam os problemas que poderão surgir e o trabalho que terão. Nunca se dão conta das janelas que se abrem quando deparamos com alguma coisa nova. São pessoas que pensam da seguinte forma:

– Por que me candidatar a um cargo público se isso só traz dor de cabeça?

– Por que tentar me aproximar da mulher que amo se ela não me dá bola?

– Por que estudar mais para conquistar um cargo melhor se isso não adianta nada?

Elas não percebem quanto a coragem de enfrentar esses desafios pode ser importante para sua realização. Estão distraídas, olhando a vida passar sem se dar conta do que está acontecendo ao redor. As coisas ocorrem bem debaixo de seus olhos, e elas desperdiçam seguidamente as oportunidades porque não têm coragem de ir para o tudo ou nada.

Essas pessoas precisam aprender a arriscar apesar da possibilidade de errar. Aprender a enfrentar um desafio mesmo que pareça duro demais. Aprender a reconquistar o amor do filho ainda que para isso precisem derramar muitas lágrimas. Aprender a se impor, embora sintam as mãos geladas devido à tensão e à insegurança. Não dá para permanecer no nosso casúlo: uma lagarta precisa virar borboleta. Não acredite que, se ficar no seu casúlo, estará plenamente seguro.

Ninguém está 100% seguro na vida. Ninguém está livre de sentir dor. Ninguém pode garantir que uma mudança de emprego seja bem-sucedida. Mas, se não se arriscar nem se expuser, jamais saberá o que poderia ter acontecido. Você poderia ter sido feliz no amor, mas não foi. Poderia ter construído uma carreira bem-sucedida, mas não construiu. Poderia ter feito amigos fantásticos, mas não fez. Poderia ter voado por jardins floridos e perfumados, mas não voou. E fará coro com Sueli Costa e Abel Silva cantando Jura secreta:

«Só uma coisa me entristece

O beijo de amor que não roubei

A jura secreta que não fiz

A briga de amor que não causei

(... )

Só uma palavra me devora

Aquela que meu coração não diz

Só o que me cega, o que me faz infeliz

É o brilho do olhar que não sofri»

Arriscar é, portanto, preciso. Acordar para o mundo é preciso. Encante-se com as portas que se abrem à frente a cada novidade que surge em sua vida. Não permita que a porta se feche antes que você tenha visto o que havia do outro lado. Não fique sentado esperando a morte chegar! As pessoas que ficam assim começam, depois de alguns anos, a sentir um enorme vazio no peito. Só então saem desse estado permanente de acomodação, acordam para o mundo e constatam, decepcionadas, que não criaram nada, não arriscaram nada, não aproveitaram nada. O problema é que isso costuma acontecer tarde demais...

Não deixe a acomodação tomar conta de sua vida para não provocar, no futuro, o seguinte comentário que alguém talvez faça sobre você: “Coitado, morreu aos 18 anos, mas só foi enterrado aos 60!” Por isso, dê a si mesmo a oportunidade de aproveitar a vida e nunca a despreze! Lembre-se: quem espera desespera. Se você perceber que está esperando a morte chegar, é hora de sair para o tudo ou nada e mostrar que seu coração ainda pulsa!"

Roberto Shinyashiki

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Abraçar


"Aquele que vive plenamente tem a característica de abraçar o que vem. Nesse sentido, abraçar significa aceitar os outros como são e o mundo como é. Pessoas assim não perdem tempo com qualquer tipo de resistência como culpar, reclamar ou criticar. Elas não levam nada para o lado pessoal e nunca rejeitam ninguém. Elas são capazes de transformar todas as diversas formas de negatividade que possam vir no caminho."

Mike George

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Como mudar o que nos incomoda?


"Em tempos de crise, seja financeira ou pessoal, a necessidade de mudanças na vida torna-se cada vez mais importante. Mudar é importante, mas mudar como? Mudar o quê? Mudar para quê? Responder a estas três perguntas é a chave para que essas mudanças sejam coerentes com a sua história, a sua trajetória até o momento actual.
Como identifico o que precisa ser mudado? Lendo artigos sobre autoajuda? Ouvindo conselhos de amigos preocupados? Radicalizando e mudando tudo de uma vez? Muitas vezes, mudamos levados pela precipitação.Sendo assim,o "barulho" interior, causado pela insatisfação, não permite escutar nossa voz interior que sussurra claramente aquilo que nos incomoda e como podemos mudar.
(...) Temos diferentes meios para nos expressarmos, a palavra falada é um deles, talvez o mais prático, pois carregamos as cordas vocais o dia todo. A palavra escrita já é outro meio, e o que expressa já assume um significado um pouco diferente. Faça o teste: grave uma conversa sua com alguém sobre qualquer assunto. Depois escreva o que pensa sobre aquele assunto. Então leia o que escreveu e ouça o que falou. Perceba como o peso das palavras numa forma ou outra de expressar-se assume proporções distintas, e permite que tenha uma percepção diferente de tal assunto. Muito mais diversa ainda é a proporção dos factos ao ser expressa em meios diferentes, como na pintura, no desenho, na modelagem em argila, na dança. Esta é a missão maior da arte: permitir a expressão daquilo que, de outra forma, não poderia ser expresso, pelo menos, não com as possibilidades que os recursos artísticos permitem.

Voltando ao assunto das metas, elaboramos a pergunta sob uma forma artística, aquela a que estamos menos acostumados, menos condicionados, menos preparados para manipular e criticar durante o processo. Daí seguimos o processo de rever e recontar a própria história, acessando a memória também através da palavra falada e escrita, e através da arte. Ouvir a própria história contada por si mesmo de diferentes maneiras permite uma visão panorâmica, como se você olhasse um vilarejo do alto de uma montanha, e o sentido da sua biografia se revela com maior clareza. É por este sentido que você puxa o fio para criar as suas metas de mudança. E elas precisam sempre responder às três perguntas:

1.O que quero mudar na minha vida?

2.Para que quero mudar isto?

3.Como vou realizar esta mudança?

Estas mudanças, portanto, não são aleatórias, são fundamentadas na voz interna - que traz aquilo que em essência você é e busca a sua missão de vida. É importante que após três meses reveja essas metas, a partir do que realizou no curto prazo:

A forma como age vai de encontro às suas aspirações ou provoca-lhe arrependimento logo após a acção?

Essas metas são possíveis ou somente geradoras de culpa e ansiedade?

Se for o caso, refaça as suas metas em bases mais próximas das suas aspirações e das suas possibilidades neste momento. As metas são um meio para aproximar-se do seu eu interior, não devem ser mais uma cobrança sem sentido que nos impomos. E quando nos aproximamos do nosso eu interior, da nossa essência, aproximamos-nos desse estado que sempre buscamos: a felicidade!"

Marcelo Guerra

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Desculpite - Epidemia da Humanidade
























"Desculpite !

Ora aqui está uma das maiores epidemias que assolam a humanidade e para a qual a OMS ainda não lançou nenhum sinal de alerta. Aliás, não se trata de uma epidemia, mas sim de uma pandemia - uma epidemia à escala global.
É uma doença que ataca qualquer pessoa, independentemente do seu país, nível económico, faixa etária, religião, formação base, sexo, cor de pele, enfim… é global e tem uma capacidade de se reproduzir deveras assinalável. O vírus da Desculpite é de enorme resistência e tem uma capacidade fantástica de se adaptar a novas situações, criando variantes fortes através da sua extraordinária velocidade de mutação.
Sinais: o paciente repetidamente usa as seguintes frases: "Não posso, porque sou português ", "Não posso, porque não tenho estudos", "Não posso, porque sou muito novo", "Não posso, porque já sou velho de mais", "Não posso, porque não é para pessoas como eu, com o meu nível", "Não posso, porque é só para pessoas de um nível mais elevado", "Não posso, porque não tenho dinheiro", "Não posso, porque com o meu dinheiro não me posso misturar", etc.
De todas, a mutação mais corrente tem como sinal mais visível, hoje em dia, a frase "Não posso, porque não tenho tempo".
Estes sinais são reveladores de quê? Afinal qual é a doença profunda, que está levando este pobre doente e as respectivas família, empresa, comunidade e país, para a morte?
Mentalidade de Fracassada(o) ou de alguém que acredita que vai Fracassar e tem medo de fazer algo que ponha em risco a sua "credibilidade".
Para os vencedores não há desculpas. Eles não precisam de se vangloriar ou justificar. Para eles o país, a idade, o sexo, a cor da pele, o dinheiro, a posição, etc. não são obstáculos. E se o forem, até do limão farão limonada.
Para os fracassados tudo pode ser desculpa. Precisam de se justificar. E quanto a limões …."se calhar é melhor esperar porque acho que ainda não estão suficientemente maduros. Se calhar estão verdes. Aguardemos".
Deixo-vos uma sugestão que é ao mesmo tempo um desafio: identifiquem uma coisa, apenas uma, que tenham medo de fazer. Façam o que têm medo de fazer.

Garanto-vos que nesse dia a vossa vida mudou!

Decida em que equipa quer jogar porque está tudo dito e nada feito."

Adelino Cunha

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

LIFE ENERGY


"No passado dia 23 de Julho de 2010 assistimos ao 7º LIFE Energy, desta vez na Exponor e com cerca de 1000 participantes.Mais um evento de contribuição, um mega sucesso, desta vez para a Associação "O Sorriso da Rita”.

Já se sentia a vibração da música pelos corredores, quando um grupo de voluntários Life Training sobe ao palco e nos incentiva a sair da cadeira, a mexermo-nos, cheios de energia, enquanto as últimas pessoas enchiam o auditório da Exponor. A coreografia ao som de “Infinity” já fazia adivinhar o que ali se iria passar.

Mário Caetano, no seu tom calmo e inspirador, é o primeiro dos quatro palestrantes a partilhar ideias. Inicia, desafiando à reflexão: “O que nos impede de atingir o sucesso?”. Mostra-nos uma não-vida, com foco nas limitações, imersão em problemas e num ritmo permanentemente acelerado, atenção à falta de recursos, e os perigos da desresponsabilização diária. Como tudo isto leva invariavelmente ao fracasso (interior e/ou exterior). Mário ajuda-nos a brincar com o medo, a plateia adere e adora (“BuuuuuhH!”). :)

Ricardo Peixe foi o apresentador. Apelidado de Jim Carrey português por Mário Augusto, proporcionou-nos das cenas mais hilariantes da noite, numa performance fantástica!

Antes de surgir Mário Augusto, o segundo palestrante, é-nos mostrado um pequeno filme “Ser estrela”. A ideia dos filmes da Vida, o sonho, os papéis que escolhemos e o nosso potencial de estrelas como base cai como uma luva no que irá ser proporcionado nos seguintes minutos.

Mário Augusto partilhou-se. Contou-nos da sua experiência como jornalista, como começou, o que fez até atingir o patamar que goza no momento.

E as regras apontadas para se ser um bom jornalista confundem-se com as necessárias para ser o que quer que queiramos:

-"Nunca desistir dos sonhos".

-"Sorte" – que é feita por nós, agindo sem nos levarmos muito a sério, mas levando as coisas com seriedade.

-"Respeito pelo outro". "É preciso deixar arder o fósforo devagarinho, arder tudo.", aconselha.

Falou-nos ainda como foi ultrapassando obstáculos, e da persistência necessária - especialmente por parte da sua esposa -, para criar e impulsionar uma associação como “O sorriso da Rita”.

No final da palestra do seu pai (Mário Augusto), a Rita do sorriso presenteia-nos com a sua presença - e mais tarde com o seu agradecimento, em nome da Associação!

De seguida, entra em palco Manuel Forjaz, logo depois da visualização do videoclip da música “The wall” – Pink Floyd. Antevemos que por aí viria provocação…
Manuel desafiou-nos a pensar de forma “light”. Ou melhor, desafiou-nos a pensar, pura e simplesmente! O questionarmo-nos como forma de crescimento, a liberdade como forma de vida, para que tenhamos sempre noção que cada passo que damos é escolhido por nós, numa existência verdadeiramente vivida. Entre outras ideias, incentivos, provocações, contou-nos o que sabe, o que viu, sentiu, e nós agradecemos.

Pedro Vieira encerrou com chave de ouro. De forma concisa e centrada recapitulou as contribuições dos outros palestrantes, lembrando a mudança na mnemónica apresentada pelo Mário Caetano, necessária para atingir a “felicidade”. Descodificou assim a password para o sucesso! Convida-nos a esquecer a não-vida e a abraçar o Método LIFE. Inspirou-nos a ligarmo-nos ao nosso propósito, intencionar realmente os objectivos, tendo em conta as alternativas que existem. E a agir com magistral foco no que planeamos.

No final, construímos um sorriso massivo para a Rita, para todos e para cada um de nós. Missão cumprida!

O maior LIFE Energy de sempre (até agora), foi assim. Teve de tudo: intenções, dramatizações, sonho, realidade, ambição, humildade. Quem está a ler este texto, esteve e sentiu o Energy, sorri. Quem não participou, faça por estar no próximo, porque este conjunto de pessoas, pensamentos, partilhas, diversão e sorrisos conjugaram-se em muitos outros momentos irrepetíveis e absolutamente pessoais para cada um, por isso praticamente inenarráveis.

Um grande bem-haja a todos os que participaram, e aos que nos seguem, apoiam nesta caminhada para uma maior consciência positiva! :)

Equipa LIFE Training

Foi com um enorme orgulho que fiz parte da equipa de voluntários! Contribuir, aprender, partilhar, diversão, sorrir, rir, dançar... Uma noite em cheio na Exponor para todos aqueles que escolheram estar numa sexta à noite depois de um longo dia de trabalho, a ouvir histórias de vida e dicas para ser mais a cada dia...

Obrigada do fundo do coração!

Anasonia

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

5000 sorrisos!!! :D


5000 sorrisos !!! :)

É o que espero ter proporcionado a cada visitante do meu blog. Assim como reflexão, aprendizagem, esperança e muito optimismo!!!
Hoje estou muito muito grata a todos por todo o carinho, aprendizagem, partilha e por me terem ajudado a crescer neste meu cantinho.
Um grande beijo e um MEGA sorriso, àqueles que me visitam, que comentam e àqueles que apenas dão uma espreitadela a este cantinho de "Palavras Soltas ao Vento"

Espero por mais 5000!!! ;D

Anasonia

domingo, 1 de agosto de 2010

Como mudar o que nos incomoda?

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"Em tempos de crise, seja financeira ou pessoal, a necessidade de mudanças na vida se torna cada vez mais importante. Mudar é importante, mas mudar como? Mudar o quê? Mudar para quê? Responder a estas três perguntas é a chave para que essas mudanças sejam coerentes com sua história, sua trajetória até o momento atual.

Como identifico o que precisa ser mudado? Lendo artigos sobre autoajuda? Ouvindo conselhos de amigos preocupados? Radicalizando e mudando tudo de uma vez? Muitas vezes, mudamos levados pela precipitação.Sendo assim,o "barulho" interior, causado pela insatisfação, não permite escutar nossa voz interior que sussurra claramente aquilo que nos incomoda e como podemos mudar. É aí que a proposta da Terapia Biográfica melhor mostra seus efeitos. Através de um trabalho chamado Panorama Biográfico, em que a primeira atividade é elaborar uma pergunta, geralmente expressa de forma artística, por meio de aquarela ou modelagem em argila.

Por que de forma artística e não simplesmente falando? Temos diferentes meios para nos expressarmos, a palavra falada é um deles, talvez o mais prático, pois você carrega suas cordas vocais o dia todo. A palavra escrita já é outro meio, e o que você expressa já assume um significado um pouco diferente. Faça o teste: grave uma conversa sua com alguém falando sobre qualquer assunto. Depois escreva o que você pensa sobre aquele assunto. Então leia o que escreveu e ouça o que falou. Perceba como o peso das palavras numa forma ou outra de expressar-se assume proporções distintas, e permite que você tenha uma percepção diferente de tal assunto. Muito mais diversa ainda é a proporção dos fatos ao ser expressa em meios diferentes, como na pintura, no desenho, na modelagem em argila, na dança. Esta é a missão maior da arte: permitir a expressão daquilo que, de outra forma, não poderia ser expresso, pelo menos, não com as possibilidades que os recursos artísticos permitem.

Voltando ao assunto das metas, elaboramos a pergunta sob uma forma artística, aquela a que estamos menos acostumados, menos condicionados, menos preparados para manipular e criticar durante o processo. Daí seguimos o processo de rever e recontar a própria história, acessando a memória também através da palavra falada e escrita, e através da arte. Ouvir a própria história contada por si mesmo de diferentes maneiras permite uma visão panorâmica, como se você olhasse um vilarejo do alto de uma montanha, e o sentido da sua biografia se revela com maior clareza. É por este sentido que você puxa o fio para criar as suas metas de mudança. E elas precisam sempre responder às três perguntas:

1- O que quero mudar na minha vida?

2- Para que quero mudar isto?

3- Como vou realizar esta mudança?

Estas mudanças, portanto, não são aleatórias, são fundamentadas na voz interna - que traz aquilo que em essência você é e busca sua missão de vida. É importante que após três meses você reveja essas metas, a partir do que você realizou no curto prazo:

A forma como você vem agindo vai de encontro às suas aspirações ou lhe provoca arrependimento logo após a ação?

Essas metas são possíveis ou somente geradoras de culpa e ansiedade?

Se for o caso, refaça suas metas em bases mais próximas de suas aspirações e de suas possibilidades neste momento. As metas são um meio para aproximar-se de seu eu interior, não devem ser mais uma cobrança sem sentido que nos impomos. E quando nos aproximamos de nosso eu interior, de nossa essência, nos aproximamos desse estado que sempre buscamos: a felicidade!"

Marcelo Guerra
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