quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Apaixonar-se é a ocasião perfeita para se conhecer profundamente


Sempre que nos apaixonamos vemos naquele que amamos o reflexo de nós mesmos. Isso é fundamental para o processo de autoconhecimento.

"A pessoa apaixonada sobrevaloriza aquele que ama. Os psicólogos dizem que projectamos os nossos desejos nele e os psicanalistas garantem que voltamos a ser crianças e encontramos no outro os nossos pais. Quando apaixonados, achamos tudo mais bonito, o mundo parece mais colorido e luminoso. Mas o estado de enamoramento não traz apenas ilusão; também traz conhecimento.

Só é possível que nos conheçamos a fundo, a nós próprios, através de outro ser humano. Fazemo-lo com os nossos pais, enquanto crianças, mais tarde com os amigos, mas sobretudo isso acontece quando nos apaixonamos. Nessa altura, queremos saber tudo sobre aquele que amamos, estar sempre a seu lado, amá-lo e sermos correspondidos para sempre. Vemo-lo não só como é no presente, mas como foi em criança, em jovem, recuperamos todas as suas experiências - incluindo os seus amores. E o mesmo faz ele consigo.

Através dele, portanto, não conhecemos apenas as nossas ambições mas as ânsias, as qualidades, as virtudes e as debilidades, os seus erros e o seu potencial escondido; como um realizador que sabe logo à partida a grande actriz que tem na sua frente, apesar de apenas ver uma menina inocente.

Mas este extraordinário processo de conhecimento apenas é possível com duas condições. A primeira é que cada um, ao contar a sua vida, diga a verdade. Só aquele que é sincero sobre o seu passado abre o seu coração e a sua alma ao outro e pode com ele fundir-se sem perder a própria identidade. A outra condição é a liberdade. Cada um deve ser livre para se exprimir, livre para dizer aquilo que lhe agrada no outro e aquilo de que não gosta.

O estado de paixão é uma grande oportunidade para nos conhecermos a nós próprios e aos nossos desejos em profundidade, sem sermos esmagados ou limitados por limites, vínculos, tabus e hábitos que nos refreiam. Apesar de tudo, muitas pessoas não têm coragem de deixar-se emergir no mais profundo do seu ser, inibem-se, calam-se ou mentem, ou mostram apenas os aspectos que julgam que vão agradar ao seu amado.

É porém a procura contínua do conhecimento recíproco que faz durar o amor. Porque o ser humano tem mil características, mil potenciais, e quando o libertamos dos travões, floresce de autoconfiança e cada novo encontro torna-se algo diferente e surpreendente. Compararia os apaixonados a dois artistas que tiram milhões de fotografias um ao outro, recuperando ora imagens diferentes do seu amado ora de si próprios. Imagens que são produto da sua imaginação mas, em simultâneo, são reais. É assim o conhecimento do amor, assim, tão parecido com a arte."

Francesco Alberoni - Jornalista e sociólogo

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

De braços abertos


"De braços abertos,é assim que eu vou viver de agora em diante, sem medo de ser feliz,de arriscar diante das dúvidas, e não ter medo e sim coragem,de lutar contra os impecílios da vida, e para aquelas oportunidades que ainda não chegaram, pode ter certeza que estarei pronta para recebê-la sempre de braços abertos, pois aqueles que dispençam uma oportunidade , cedo ou tarde vem o arrependimento de não ter tentado e arriscado, e esse arrependimento eu não quero nunca mais, pois todos aqueles que conquistaram o que querem hoje, um dia tiveram medo de receber as oportunidades de braços abertos. "

Yanca Leal

terça-feira, 28 de setembro de 2010

O “impossível” é apenas uma palavra!


"Todos nós, em algum momento das nossas vidas, sonhamos em ser alguém especial, alguém reconhecido e importante. Quem não fantasiou já em ser um Cristiano Ronaldo ou uma Cameron Diaz? Quem não sonhou em ser modelo ou miss universo? E quantas vezes não sonhou já em ter uma fortuna incalculável, ser bem sucedido ou ter um relacionamento extraordinário com a pessoa dos seus sonhos?

Muitas vezes sonhamos em grande e temos muitas aspirações. Infelizmente os nossos sonhos não passam disso mesmo, de simples sonhos. E as nossas aspirações vão acumulando pó nos escombros das nossa memórias distantes.

Mas devido a um turbilhão de eventos, a nossa vida é sujeita a uma tremenda mudança de direcção. Em vez de experimentar aventuras emocionantes, é apanhado na monotonia da vida do dia-a-dia, deixando de viver e apenas existir ou sobreviver.

Mas sabe de uma coisa? A vida pode ser MUITO melhor, basta para isso, aprender a colocar a barreira bem mais elevada.

O problema mais comum em colocar objectivos na nossa vida é a utilização da palavra “impossível”. Grande maioria das pessoas sai do percurso quando começa a pensar “eu não vou conseguir fazer aquilo”. Ou “é muito difícil”. Ou ainda “é praticamente impossível”, “ninguém consegue fazer isso”.

No entanto, se todos pensassem assim não existiriam coisas novas, ninguém iria conseguir inventar nada de novo, a humanidade não teria presenciado a tremenda evolução que se tem vindo a verificar.

Lembre-se que quando os cientistas estudaram a abelha concluíram que seria teoricamente impossível a humilde abelha voar. Mas felizmente para a humilde abelha nunca ninguém lhe disse que seria impossível voar. Então ela voa.

No sentido inverso, algumas pessoas sofrem por sonhar numa vida incrível mas sem passar à acção. Resultado? Desilusão e aspirações desfeitas.

Se você se limitar com duvidas sobre as suas reais capacidades e com hipóteses de auto-limitação, você nunca vai ser capaz de se superar, e alcançar aquilo que acha ser impossível.

Experimente o seguinte exercício: Escreva num pedaço de papel alguns dos objectivos que pretende alcançar na sua vida. Numa coluna coloque as coisas que “sabe que consegue alcançar”. Na coluna ao lado escreva as coisas que “julga ter 50% de hipóteses de alcançar”. E por fim na terceira coluna escreva aquilo que julga ser “impossível de alcançar”.

Agora olhe para os cabeçalhos e esforce-se todos os dias para realizar os objectivos que você “sabe que consegue alcançar”, à medida que vai realizando os objectivos risque-os da sua lista. Quando terminar a coluna das coisas que você “sabe que pode alcançar”, passe para a coluna que “julga ter 50% de hipóteses de alcançar”, nesta coluna à medida que vai concretizando estes objectivos risque os que concretizou e coloque um dos que estejam na coluna “impossível de alcançar” a substituir os que realizou.

À medida que vai avançando neste processo, vai descobrir que as metas que achava que eram impossíveis de realizar se vão tornando mais fáceis de concretizar. E o impossível vai começar lentamente a parecer possível.

Esta técnica não limita a sua imaginação. Obriga-o a colocar em papel alguns objectivos bem elevados e faz com que trabalhe pouco a pouco na concretização das suas metas.

Aqueles que apenas sonham em alcançar as suas metas, sem trabalho árduo, acabam desiludidos.

Por outro lado, se à uma centena de anos alguém dissesse que o homem iria à lua ninguém acreditava. Se dissessem quem seria possível enviar uma mensagem para o outro lado do mundo em apenas alguns segundos, diriam que isso só seria possível em sonhos. Mas com alguma vontade, sacrifício e perseverança, todos esses sonhos considerados impossíveis são agora uma realidade incontestável.

Thomas Edison disse uma vez que o génio é 1% inspiração e 99% transpiração. De facto Edison sabia do que estava a falar. Para alguém alcançar os seus sonhos mais extravagantes necessita de muito trabalho árduo, muita disciplina e hábitos saudáveis que permitam dar pequenos passos em direcção às metas delineadas.

Pergunte a qualquer “personal trainer” que ele lhe dirá que para melhorar fisicamente terá de sair da sua zona de conforto e trabalhar diariamente em prol das suas metas. Lembre-se da frase “No pain, No gain” ou seja “Sem sacrifício não há ganho”.

Portanto amigo, sonhe! Mas não se deixe atrapalhar pelas suas falsas auto-limitações. Pense em grande mas trabalhe na mesma medida, porque o prazer da conquista é proporcional ao sofrimento necessário para a alcançar. Sonhe, lute de forma aguerrida com todas as armas disponíveis e nunca nunca nunca MAS NUNCA desista de tentar alcançar tudo aquilo que sempre sonhou."

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Amor e busca por aceitação



"Muitas pessoas acham que o problema de não serem amadas é o facto de não serem perfeitas. Elas acreditam que precisam ter atitudes que não são delas, agir de forma diferente de como naturalmente fariam para que os outros a amem. Mas será que é esse mesmo o caminho para sermos tocados pelo amor?

Quando uma pessoa não está muito satisfeita consigo mesma, vive o martírio de procurar corrigir os seus erros. Porque está a ver-se como uma pessoa que só sabe errar, o que é muito diferente de se ver como alguém em processo de aprendizagem.

Ao ver-se como imperfeita, a pessoa tenta corrigir-se ao máximo, tenta incessantemente não cometer os mesmos erros. Mas não há muita sintonia com o que lhe é importante aprender, somente com a sua pontuação negativa na tabela de erros.

À procura de aceitação

Podemos cometer esse comportamento em várias áreas da vida, como a busca frenética por melhores resultados profissionais, por exemplo. Porém, na parte afetiva, essa procura pela perfeição gera mais conflitos do que um aperfeiçoamento na carreira, pois a pessoa pode ficar repetindo atitudes em busca de um parceiro e se desgastar, se diminuir, sem ao menos se dar ao trabalho de entender que podemos ser amados como de facto somos.

Geralmente, as pessoas que visam a perfeição têm como meta a aceitação dos outros. No fundo, elas não estão muito preocupadas com a anulação de si mesmas e colocam em primeiro plano os agrados ao parceiro. Além disso, quando se está nesse processo, é comum acreditar que a felicidade depende do outro.

Para descobrir se  está passar por esse processo, pergunte-se:

. Preciso "fazer a média" para que os outros gostem de mim?

. A minha felicidade está mesmo nas mãos de terceiros?

Será que essa "maquilhagem" em cima de quem somos uma dia não será percebida?

Temos algo que precisamos realmente esconder para que o outro não perceba e assim possa amar-nos?

Que tal olhar para si?

O problema dessa busca da perfeição não está no outro, mas sim na nossa maneira de olharmos para nós mesmos. Quando aceitamos quem somos e nos amamos, o outro também toma essas atitudes. Isso já foi dito tantas vezes, mas parece que sempre é mais fácil olhar para fora e buscar ser o que não somos do que encarar que existe um problema interno de não aceitação."

adaptado de Bruna Rafaele
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